O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dito, em reuniões, que o corte de gastos que será realizado pelo governo federal deve alcançar “todo mundo”, incluindo a “turma de cima”, definição que, de acordo com interlocutores do petista, abarca itens como as emendas parlamentares ao Orçamento, aposentadorias de militares, penduricalhos do Judiciário e subsídios às empresas.

Segundo o colunista Tales Faria, do portal UOL, Lula teria dito exatamente o seguinte: “Se é para cortar, cortamos de militares, políticos, empresas, todo mundo”. A decisão de incluir o “andar de cima” seria uma contrapartida para justificar cortes nos ganhos dos trabalhadores, que seriam o “andar de baixo”.

As discussões sobre os cortes de gastos, por sinal, têm gerado rusgas com os ministros. Os chefes das pastas da Previdência, Carlos Lupi; e do Trabalho, Luiz Marinho, chegaram a ameaçar pedir demissão. Teria sido justamente para acalmar os mais revoltados, de acordo com Tales Faria, que Lula falou em incluir o “andar de cima”.

Após discutir os cortes dentro do governo, o tema também deve ser levado aos presidente da Câmara, do Senado, e até do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o colunista José Roberto de Toledo, também do UOL, os gastos com emendas parlamentares, por exemplo, devem atingir neste ano a marca de R$ 50 bilhões.

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