Investigações da Polícia Civil indicam que armas utilizadas por criminosos em um assalto a um carro-forte em Guaíba, na região Metropolitana de Porto Alegre, em dezembro de 2021, foram adquiridas legalmente. O comprador foi um atirador desportivo que recebeu dinheiro da quadrilha apontada como responsável pelo ataque. Ele obteve um fuzil e três pistolas, repassados ao grupo.
O homem cooptado tinha registro de Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) junto ao Exército, afirma o delegado João Paulo de Abreu. O indivíduo chegou a ser preso temporariamente em fevereiro, mas foi solto.
O homem é morador de Getúlio Vargas, município de 16,1 mil habitantes a 340 km de Porto Alegre, no Norte do RS. As armas curtas foram compradas e entregues em 2020 e ao longo de 2021, segundo a polícia. Já o fuzil foi comprado em agosto de 2021. No entanto, a investigação acredita que houve uma tentativa anterior de compra do mesmo armamento por outro indivíduo um ano antes.
Com a prisão do indivíduo, a polícia conseguiu chegar a outras quatro pessoas, que tiveram as prisões temporárias decretadas. Eles foram indiciados por comércio ilegal de arma de fogo e organização criminosa.
Três deles, dois homens e uma mulher, atuavam juntos sob comando do quarto preso na cooptação de “laranjas”. Os alvos dos criminosos eram forçados a fazer a documentação necessária e a compra dos armamentos que seriam desviados.
Segundo a Polícia Civil do RS, o Exército Brasileiro forneceu informações consideradas determinantes para a investigação, por meio do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados.
Fonte: G1