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Economia

APESAR DE ANUNCIADO PELO GOVERNO, PIX PARCELADO AINDA NÃO TEM PREVISÃO DE LANÇAMENTO

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Apesar de o governo federal ter anunciado nova modalidade de Pix, que permite o pagamento parcelado, para “meados do ano”, ainda não há previsão para o seu lançamento. Em mais de dois anos de atividade, o sistema de pagamento do BC (Banco Central) registrou 564,8 milhões de chaves de acesso em janeiro deste ano, mais do que o dobro da população do Brasil (214,3 milhões).

A novidade foi citada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), no fim de janeiro. Ele afirmou que o Pix com função de crédito deverá ser lançado pelo Banco Central em 2023, “quem sabe até o meio do ano”. 

A intenção do novo recurso, de acordo com o ministro, é fazer com que as instituições financeiras consigam oferecer crédito aos clientes por meio de um método mais eficiente. Com a desaceleração da economia e o aumento da inadimplência, o governo tem focado em medidas para estimular o crédito.

Segundo o Banco Central, o nome do novo serviço ainda não foi definido, e poderá ser chamado de Pix Garantido, Pix Crédito ou Pix Parcelado. “É um produto na agenda evolutiva do Pix, porém não há previsão de lançamento”, afirmou a instituição em nota. O BC tem  promovido fóruns que tratam e discutem o assunto. O Banco Central afirma que alguns bancos e financeiras já oferecem a possibilidade de pagamento em parcelas com o Pix, com base em diferentes modelos.

No entanto, o benefício oferecido por alguns bancos e fintechs, empresas de tecnologia que desenvolvem soluções financeiras, é uma espécie de empréstimo à vista. Como a maioria dos empréstimos, o serviço envolve cobrança de juros, a taxação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e também está sujeito a aprovação de crédito.

Se a pessoa tiver o crédito aprovado, ela poderá fazer uma transferência para uma pessoa física ou uma empresat. O valor total é passado uma vez só para quem recebe. Mas quem paga pode parcelar. As taxas de juros variam de 2% a 4% ao mês. 

O Santander oferece o serviço de parcelamento do Pix em até 24 vezes desde março de 2022 e o Itaú vai lançar a modalidade possibilitando a realização de pagamentos em até 72 vezes, em abril.

A operação dos bancos é feita por meio de crédito pessoal. O cliente tem que contratar um crédito no valor da transferência. Na operação, há incidência de IOF.  Para o acesso, é necessário ter o perfil pré-aprovado. As taxas ofertadas dependem do número de parcelas.

“Existe forte demanda do mercado lojista por este tipo de solução, pois o entendimento geral é que o parcelamento via cartão de crédito não atende 100% das necessidades do consumidor”, afirma Gastão Mattos, diretor geral da Gmattos Consultoria.

Ele estima que, no ano passado, mais de R$ 100 bilhões em compras não foram aprovadas no parcelamento do cartão de crédito por falta de limite.

“A aposta das fintechs que lançaram ofertas de serviços de parcelamento do tipo Pix Parcelado (chamadas de Buy Now Pay Later – BNPL) é abocanhar parte desta demanda não atendida pelo sistema usual do cartão de crédito. Os bancos tradicionais não querem ficar fora deste mercado, também se anteciparam ao BC e lançaram seus parcelamentos próprios via Pix, alguns deles já com a função de garantia de crédito futuro”, avalia Mattos.

Para Mattos, a primeira consideração importante é esclarecer a diferença entre o que o mercado está chamando de Pix Parcelado do que o Banco Central vai lançar. 

Pix parcelado dos bancos e fintechs

Oferece parcelamento de compras fora do cartão de crédito, com liquidação via Pix. Este parcelamento pode ser com ou sem juros, e é “cobrado”  do consumidor por meio de um Pix, com 1ª parcela normalmente à vista, e as demais agendadas em datas futuras conforme o parcelamento proposto. A loja recebe à vista (com desconto). Todo o processo é controlado pela fintech (ou banco) proponente do parcelamento. Não existe participação do BC no Pix Parcelado.

Pix Parcelado/Garantido/Crédito do Banco Central

É uma nova funcionalidade prometida pelo Banco Central, que será possível “garantir” um Pix parcelado. Ainda está em desenvolvimento, sem data definida de lançamento. Nesta modalidade, a instituição financeira domicílio da conta pagadora do Pix concede crédito de forma instantânea, para parcelamento de uma transação com repasse ao recebedor (por exemplo, uma loja) à vista, com o consumidor pagando de forma parcelada.

Assim, por exemplo, uma compra no Pix Parcelado do BC no valor total de R$ 5 mil, a ser dividida em 10 vezes, será autorizada, levando-se em conta, a avaliação de crédito do pagador, para pagamento em 10 parcelas futuras (com ou sem juros), da mesma forma como acontece no parcelado via cartão, com a loja recebendo à vista com taxa de desconto.

Contudo, todo o processo de autorização e liquidação é controlado pelo BC e não pela empresas de cartão (adquirentes e bandeiras).

Histórico

O Pix completou dois anos em novembro passado, com presença garantida na rotina de 60% dos brasileiros (127,8 milhões). Desde seu lançamento, a ferramenta do BC já realizou mais de 26 bilhões de transações, que totalizam cerca de R$ 13 trilhões.

O Pix já é aceito por 81,4% do ecommerce brasileiro, enquanto o boleto está presente na rotina de 75,8% dos vendedores. O pagamento por cartão de crédito é possível para a totalidade dos vendedores.

-CORREIO DO POVO

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Economia

MÍRIAM LEITÃO FALA SOBRE ALTA DO DÓLAR E ACUSA GESTÃO BOLSONARO

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Nesta terça-feira (17), o dólar americano teve alta e, às 10h22 ficou cotado a R$ 6,1709. Às 12h01, a moeda subiu mais um pouco e chegou à casa dos R$ 6,2008, uma alta de 1,72%. Durante avaliação, na GloboNews, a jornalista Míriam Leitão falou em “ataque especulativo” e chegou a citar a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda em sua análise sobre economia, Míriam apontou a tragédia provocada pelas chuvas que, em abril, castigaram o Rio Grande do Sul. Para ela, não há esse “fim de mundo” que o mercado financeiro vê.

– Houve um tempo em que a gente chamava isso, Daniela [Lima], de ataque especulativo. Porque não tem nenhuma relação com os fatos. Porque concretamente não está acontecendo esse fim de mundo que o mercado financeiro está vendo. (…) O pacote fiscal faz mudanças, de fato, no ritmo de crescimento das despesas. O país vai ter, este ano, metade do déficit público que o mercado financeiro imaginava no começo do ano. (…) E, além disso, houve, no meio do caminho, uma coisa imprevisível que é o Rio Grande do Sul. Não tem esse fim de mundo que o mercado está vendo. O que tem de preocupante: a inflação está alta. Mas para isso está sendo feito um pacote fiscal e está sendo feito um choque de juros. (…) Não houve uma deterioração fiscal grave, nos últimos dois anos, que levasse a esse resultado. E digo mais: o governo Bolsonaro pedalou, deixou de pagar 93 bilhões de dívidas vencidas, dívidas judiciárias vencidas que tinha que pagar, e quem pagou foi o atual governo. Então, isso fez um déficit maior no ano passado. E neste ano vai ser um déficit muito menor do que no ano passado e, além disso, muito menor do que o próprio mercado esperava. (…) Não faz sentido esse dólar, não faz sentido essa histeria – falou a jornalista.

PLENO.NEWS

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Economia

MESMO COM INTERVENÇÃO DO BC, DÓLAR ATINGE MARCA DE R$ 6,20

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Em meio a uma nova escalada do dólar, o Banco Central voltou a intervir no mercado nesta terça-feira (17). O banco fez durante a manhã um leilão de moeda norte-americana à vista, mas o movimento não foi suficiente: às 10h22 desta terça, a moeda subia 1,27%, cotada a R$ 6,1709. Às 12h01, subia mais um pouco e chegava à casa dos R$ 6,2008, uma alta de 1,72%.

Os leilões são uma tentativa do BC de reduzir a cotação da moeda americana, que disparou especialmente após a apresentação do pacote de corte de gastos apresentado pelo governo no último dia 27 de novembro.

As medidas foram consideradas pelo mercado financeiro como muito abaixo do necessário para controlar os gastos públicos. Desde então, o dólar pulou da casa dos R$ 5,80 para R$ 6,09 – valor do fechamento desta segunda (16), chegando agora aos R$ 6,20. Em um ano, a desvalorização acumulada já passa dos 26%.

O BC já injetou 10,745 bilhões de dólares (R$ 66,19 bilhões) em novos recursos no mercado de câmbio apenas entre a última quinta (12) e a manhã desta terça. Ao todo, foram 7 bilhões de dólares (R$ 43,14 bilhões) em três leilões de linha, com compromisso de recompra, e 3,745 bilhões de dólares (R$ 23,05 bilhões) por meio de três leilões à vista.

A frequência dessas intervenções é a maior desde o fim de 2021, quando o BC chegou a fazer nove leilões, entre vendas à vista e com compromisso de recompra, apenas em dezembro. Nessa época, o dólar oscilava em torno de R$ 5,70, próximo das máximas históricas para o período.

DESIDRATAÇÃO DO CORTE DE GASTOS
Segundo operadores do mercado financeiro, o real vem sofrendo com as incertezas fiscais, diante do risco de desidratação das medidas de contenção de gastos durante a tramitação no Congresso. O governo Lula anunciou um pacote de cortes de gastos com o objetivo de dar uma sobrevida ao arcabouço fiscal e retomar a confiança no equilíbrio das contas públicas.

A equipe econômica estima uma economia de R$ 327 bilhões em cinco anos com as medidas, enviadas ao Congresso Nacional. Entre as propostas estão a limitação do crescimento do salário mínimo e mudanças nas regras do abono salarial e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de combate aos supersalários do funcionalismo público e ajustes na previdência militar.

Ainda não convencido de que esse plano sairá do papel, há quem prefira investir em dólares, em vez em papéis sensíveis à política econômica brasileira.

PIORA NA PERCEPÇÃO DO MERCADO
Na segunda-feira, o Boletim Focus, com a síntese do sentimento do mercado em relação aos dados macroeconômicos no futuro, evidenciou o agravamento da deterioração das expectativas de inflação, apesar de o Copom ter acenado com mais duas altas de 1 ponto percentual da taxa Selic na tentativa de controlar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com críticas ao aumento da taxa de juros feito pelo BC, veiculadas em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, contribuíram para ampliar entre investidores a desconfiança sobre o compromisso do governo em cortar despesas.

Nesta segunda, o Tesouro Nacional divulgou levantamento em que aponta piora da dívida pública e atribui essa deterioração ao novo ciclo de alta do juro e ao aumento do saldo negativo entre as despesas e a arrecadação do governo (o chamado déficit primário). Prevê que a dívida bruta pública chegue feche 2024 em 77,7% do Produto Interno Bruto (PIB).

*AE

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Economia

CARNES SOBEM 8% E FICAM MAIS CARAS PELO QUARTO MÊS SEGUIDO

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Os preços dos alimentos voltaram a ficar mais caros em novembro, com destaque para o aumento de 8,02% nos preços das carnes, que representou a quarta alta mensal seguida. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No último mês, os principais reajustes das carnes ocorreram nos cortes alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). No grupo de alimentos, houve altas também no óleo de soja (11%) e no café moído (2,33%). Em relação às carnes, a alta de 8,02% em novembro é a maior desde dezembro de 2019, quando o acréscimo foi de 18,06%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de uma elevação de 0,56% em outubro para 0,39% em novembro. A despesa com alimentação e bebidas passou de um avanço de 1,06% em outubro para alta de 1,55% em novembro. O grupo contribuiu com 0,33 ponto percentual para a taxa de 0,39% do IPCA do último mês.

A alimentação no domicílio aumentou 1,81% em novembro, terceira alta consecutiva, além de ter sido a maior taxa desde janeiro deste ano, quando também subiu 1,81%. A alimentação fora do domicílio, por sua vez, aumentou 0,88% em novembro. O lanche subiu 1,11%, enquanto a refeição fora de casa avançou 0,78%.

Nos últimos três meses, a alimentação no domicílio acumulou uma alta de 3,63%, ante um avanço de 1,40% no IPCA. O grupo alimentação e bebidas subiu 3,14% no período. Já nos 12 meses encerrados em novembro, o grupo alimentação e bebidas teve acréscimo de 7,63%, enquanto que a alimentação no domicílio subiu 8,41%. O IPCA do período ficou em 4,87%.

*Com informações AE

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