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Justiça Federal arquiva inquérito sobre idosa localizada em hotel de Garibaldi

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A Justiça Federal arquivou o inquérito sobre o caso da idosa que estava desaparecida desde 1979 e foi localizada em um hotel em Garibaldi, na Serra do Rio Grande do Sul, em janeiro deste ano. A decisão é desta quarta-feira (21) e concorda com a manifestação do Ministério Público Federal (MPF).

Em parecer remetido à 5ª Vara Federal de Caxias do Sul no início do mês, a procuradora da República Fabíola Dörr Caloy alegou que ”não há materialidade delitiva do crime, tampouco indícios suficientes e razoáveis para a deflagração penal”. No entendimento da Polícia Civil e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no entanto, a mulher era submetida a condições semelhantes à escravidão.

”Não há elementos que indiquem que [nome da idosa] tenha sido submetida a trabalhos forçados, a jornada exaustiva, a condições degradantes de trabalho ou que a sua liberdade de locomoção tenha sido restringida pelos indivíduos que o acolheram em seu hotel”, afirma a procuradora.

O advogado Flavio Green Koff, responsável pela defesa dos proprietários do hotel onde a idosa foi localizada, sustenta que ”foi feita justiça com base na verdade”.

O Ministério do Trabalho e Emprego apontou que o cômodo em que a mulher, de 73 anos à época, morava não reunia condições de saúde e higiene mínimas. Conforme o relatório, concluído em fevereiro, não havia luz elétrica nem entrada de ar no local, a roupa de cama era suja e o banheiro – que era separado do quarto – não tinha pia.

”As fotos da diligência indicam que a moradia cedida é guarnecida de cozinha, sala, quarto e banheiro, não configurando situação degradante”, alega a procuradora Fabíola.

O MTE também reconheceu o vínculo empregatício da idosa com o hotel desde 2000. De acordo com o ministério, após avaliar documentos e ouvir funcionários, se chegou à confirmação de que ela permaneceu trabalhando no local. Ela realizava atividades de limpeza e substituía outros colaboradores em atividades auxiliares, segundo o gerente regional do MTE, Vanius Corte.

”Ao que consta dos elementos informativos juntados ao caderno policial, [nome da idosa], embora executasse serviços externos no hotel, não era contratada deste, sendo permitida sua residência no local em virtude de não ter moradia e família conhecida, residindo gratuitamente em um anexo à estrutura do Hotel Pieta”, pontua a procuradora.

Após o resgate, a mulher voltou ao convívio da família, na Região Metropolitana.

-G1

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MULHER NUA É ABORDADA EM ORLA E CONFESSA TER MATADO O PAI

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Uma mulher de 41 anos foi presa em flagrante por homicídio na cidade de Itanhaém (SP), neste sábado (16). Ela caminhava nua pela orla da praia quando foi abordada por guardas municipais, momento em que confessou ter esfaqueado o próprio pai, de 74 anos.

Os policiais foram até o apartamento onde pai e filha moravam e encontraram a vítima morta com várias perfurações causadas por faca. As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

A mulher recebeu atendimento médico e foi levada à delegacia do município, onde permaneceu presa. Ela disse à polícia que cometeu o crime devido ao estresse acumulado nas atribuições por cuidar do idoso.

– O cenário que nós colhemos é de uma pessoa que tinha a incumbência de cuidar do seu pai e esse cenário, essas atribuições dela, de cuidados com o pai foram se alargando ao longo do tempo por conta dele ter ficado mudo – disse o delegado Luiz Carlos Vieira.

A faca e equipamentos eletrônicos encontradas no local do crime foram recolhidos para perícia.

*Com informações AE

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Câmara de Vereadores de Constantina Informações

INFORMATIVO DA CÂMARA DE VEREADORES DE CONSTANTINA 16/08/2025

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JUIZ QUE LIBEROU PRESO COM 86 PASSAGENS É MARIDO DE TIBURI

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No fim de julho, uma decisão do juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, provocou forte repercussão no meio jurídico e na opinião pública. O magistrado determinou a soltura de Patrick Rocha Maciel, de 20 anos, preso por roubo e dono de um histórico criminal impressionante: 86 anotações envolvendo furtos, porte de arma, lesão corporal e ameaças.

A ordem de liberdade ganhou contornos ainda mais controversos quando veio à tona a vida pessoal de Casara. Casado com a filósofa petista Marcia Tiburi — célebre pela frase “sou a favor do assalto”, que ela chama de “provocação filosófica” —, o juiz divide com a esposa um histórico de militância política e trabalhos conjuntos, como a peça Um Fascista no Divã, obra que satiriza a direita e critica Jair Bolsonaro (PL).

No caso de Maciel, o Ministério Público havia se posicionado pela manutenção da prisão preventiva. As imagens das câmeras de segurança mostravam o acusado arrombando portões e levando equipamentos eletrônicos de uma farmácia em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ainda assim, Casara entendeu que “a existência de anotações na folha penal não é pressuposto da prisão cautelar”.

O magistrado impôs medidas alternativas brandas: comparecimento mensal em cartório e proibição de deixar o estado por mais de sete dias, ambas válidas por apenas 100 dias. Críticos consideraram a decisão um símbolo da fragilidade do sistema judicial. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), por exemplo, reagiu nas redes, afirmando que “a porta giratória das audiências de custódia precisa acabar”.

Rubens Casara é autor de obras como Prisão: Além do Senso Comum e Estado Pós-democrático: Neo-obscurantismo e Gestão dos Indesejáveis. Suas ideias partem de um viés antipunitivista e anticapitalista. Sua esposa, Marcia Tiburi, candidata derrotada do PT ao governo do Rio em 2018, também adota discursos semelhantes, associando o neoliberalismo a formas de opressão comparáveis ao ato de roubar.

Desde a década passada, Casara já demonstrava alinhamento político com a esquerda, chegando a pendurar um retrato de Che Guevara em seu gabinete e a participar de atos com líderes do PSOL e MST. Em 2016, discursou contra o impeachment de Dilma Rousseff na orla de Copacabana, dizendo falar “como juiz de direito, não de direita”

Por essa razão, foi investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por atuação político-partidária, mas o caso acabou arquivado — decisão reforçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em voto do ministro Ricardo Lewandowski, coincidentemente um indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Suprema Corte.

Membro do grupo Prerrogativas, que se opôs à Lava Jato e defende Lula, Casara protagonizou embates diretos com Sergio Moro. Em 2015, em audiência no Senado, comparou a proposta de prisão após segunda instância às práticas da Alemanha nazista e do fascismo italiano. A medida era algo defendido pelo hoje senador.

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