Há 30 anos, a chegada do dia 29 de agosto é dolorosa para Iracilda Toledo. Mesmo o aniversário de um netinho, celebrado um dia antes, não é capaz de diminuir essa dor. Nessa data, em 1993, seu marido foi assassinado por policiais militares, quando estava em um bar, na comunidade de Vigário Geral, na zona norte do Rio de Janeiro.
Seu marido, Adalberto de Souza, foi uma das 21 pessoas mortas por PMs naquele dia na favela. O grupo, de cerca de 40 pessoas e chamado de Cavalos Corredores, era integrado por policiais do batalhão da área.
O objetivo dos assassinos, ao entrar na comunidade na noite de 29 de agosto, era vingar a morte de quatro companheiros, mortos pela facção criminosa que controlava a venda de drogas em Vigário Geral.
Mas os alvos da retaliação foram aleatórios. Nenhum deles tinha relação com a quadrilha que matou os policiais. O marido de Iracilda, por exemplo, tinha 40 anos, era ferroviário e morava em uma casa de propriedade da empresa federal para a qual trabalhava na época. Ele foi morto quando estava em um bar com outras seis pessoas.
Em uma casa, perto dali, oito pessoas de uma mesma família também seriam executadas. Seis pessoas que estavam na rua também foram mortas. “Como familiar, parece que foi ontem. Eu sofro tanto quanto há 30 anos. Vai fazer 31 [anos], 32, 50, enquanto eu viver essa dor vai estar comigo. É uma dor dentro da minha alma. Não tem remédio para isso, não tem cura”, conta Iracilda, que é presidente da Associação de Familiares das Vítimas de Vigário Geral.
Sentenças
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, 52 pessoas foram denunciadas por envolvimento na chacina, das quais apenas quatro foram condenadas pelo crime. José Fernandes Neto e Paulo Roberto Alvarenga ganharam liberdade condicional em 2006 e 2013.
Sirlei Alves Teixeira estava em regime semiaberto desde 2017 quando foi morto em 2021, na porta de sua. Alexandre Bicego Farinha foi assassinado em 2007, enquanto aguardava o julgamento de um recurso em liberdade.
Outros chegaram a ser condenados no primeiro júri, mas foram absolvidos em julgamentos seguintes: Arlindo Maginário Filho, condenado inicialmente a 441 anos e absolvido em novo júri, em 2003; Roberto César do Amaral, condenado no primeiro júri a seis anos de reclusão, e absolvido em um segundo julgamento, em 2007; e Adilson Saraiva da Hora, condenado nos primeiro e segundo júris (72 anos e 59 anos) e absolvido no terceiro.
No ano passado, as 13 famílias de vítimas voltaram a receber pensão vitalícia do Estado, por meio de um projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa.
Nesta terça-feira (29), está prevista a inauguração de um monumento com os nomes dos 21 mortos, na Praça Catolé do Rocha. Uma missa será celebrada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, à noite, no Centro Cultural Waly Salomão. Está prevista também a iluminação do Cristo Redentor, na cor verde, às 19h.
Na última sexta-feira, a Câmara de Vereadores de Constantina recebeu os alunos do 3º ano da Escola Santa Terezinha para uma visita especial!
A atividade fez parte dos estudos sobre Administração Pública e permitiu aos estudantes conhecer de perto o funcionamento do Legislativo Municipal. Eles puderam tirar dúvidas, interagir com os vereadores e até falar na tribuna!
Ao final, todo mundo ganhou pipoca em um momento leve e descontraído.
Parabéns à escola e às professoras pela iniciativa! A Câmara segue de portas abertas para apoiar ações que incentivem a cidadania e a educação desde cedo.
Durante a reunião das comissões nesta segunda-feira, foi entregue o termo de repasse de parte do duodécimo da Câmara à Brigada Militar de Constantina.
O recurso será utilizado para a compra de novas câmeras de videomonitoramento e para apoiar o CONDESC – Conselho de Defesa e Segurança da Comunidade.
O Tenente Denis Ferrareze e o Soldado Felipe Pedro estiveram presentes e receberam o documento dos vereadores, que também aproveitaram para parabenizar a Brigada pelo trabalho que vem sendo realizado no município.
Na madrugada desta segunda-feira (16), uma ação policial da Brigada Militar de Constantina/RS foi desencadeada durante patrulhamento de rotina, quando os policiais avistaram um veículo Fiat Punto, de cor bege, ingressando na cidade. O automóvel foi reconhecido por estar, supostamente, envolvido em um roubo ocorrido no mês de maio de 2025, em um estabelecimento localizado no município de Sarandi/RS.
Após ser avistado, o veículo foi perdido de vista devido à alta velocidade em que transitava e por trafegar no contrafluxo da via.
Diante disso, a guarnição de serviço iniciou imediatamente as buscas. O veículo foi localizado em uma estrada na zona rural. No momento da aproximação, dois suspeitos fugiram em direção a uma lavoura e, durante o acompanhamento a pé, os policiais foram surpreendidos por disparos de arma de fogo. Os militares reagiram à injusta agressão com disparos de fuzil calibre 5.56 e pistolas calibre 9mm.
Apesar da pronta resposta da guarnição, os indivíduos conseguiram fugir. Foram realizadas buscas na região, porém a intensa neblina prejudicou a visibilidade e dificultou a localização dos suspeitos. Nenhum policial ficou ferido durante a ação.
Durante a vistoria no interior do veículo, os policiais localizaram diversos itens suspeitos: um carregador de submetralhadora/carabina calibre .40 com 32 munições, um machado, uma marreta, um galão de gasolina e um bolso tático de colete balístico.