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PCC FAZ TATUAGENS DE MEMBROS EM PRESÍDIO E MARCA DELATORES

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Levantamento feito com 476 detentos da penitenciária estadual de Foz do Iguaçu revela que o PCC identifica membros da facção por meio de tatuagens e marca delatores.

As tatuagens do PCC:
Detentos do sistema prisional usavam tatuagens para identificar a ligação deles com grupo criminoso Primeiro Comando da Capital. Eles foram fotografados e entrevistados, para o estudo “Tatuagem na Prisão: Estigma e Identidade”. O estudo foi feito pela psicóloga Karina Belmont Chaves, em sua dissertação de mestrado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, entre 2011 e 2013.

A imagem mais representativa da facção era a dos números 1533 — as letras P, C e C, seguindo a ordem do alfabeto brasileiro na década de 1990. Um dos detentos também tinha uma tatuagem com a frase “Paz, justiça e liberdade”, que consta do estatuto do PCC.

Alguns presos usavam o desenho de um olho estilizado ou de uma carpa para identificar a participação deles na facção. Mas o estudo indica que os símbolos em tatuagens podem mudar de acordo com a estratégia dos próprios grupos criminosos. Ao todo, 64% dos presos possuíam tatuagens.

Os símbolos (…) podem ser utilizados estrategicamente num momento e serem abandonados em outro, elegendo novos na tentativa de não serem identificados.

Mudanças estratégicas que podem acontecer para evitar ou confundir as identificações feitas pelas forças policiais.
Trecho do estudo “Tatuagem na Prisão: Estigma e Identidade”.

Delatores marcados no rosto:
O UOL teve acesso a depoimentos de delatores dentro do sistema prisional. Eles disseram que foram tatuados à força como forma de punição, após terem revelado às autoridades ações praticadas por membros do PCC.

Um deles disse ter revelado a policiais penais que os presos estavam construindo um buraco dentro da cela para fugir. “Esse preso havia quebrado uma regra interna. Não se pode falar de outro, delatar. [Se fizer isso], é chamado de ‘cagueta’ ou ‘X9′”, diz um dos trechos do estudo.

“[Fui] abordado por outros presos que ameaçavam me matar com uma faca em punho e acabaram por marcar três pontos no rosto, quando implorava para não ser morto”, disse. Depois disso, o preso encobriu os pontos com outra tatuagem.

Esse preso tinha uma armadura tatuada no rosto dele. Era muito chocante ver aquilo. Aí, para fugir do estigma da ‘delator’, ele fez aquela tatuagem por cima.
Karina Belmont Chaves, psicóloga e autora do estudo.

Identificação por crime:
Há tatuagens que identificam os presos por crimes, como homicídio, assassinato de policiais, roubo e tráfico de drogas. Mas a reportagem optou por não identificar as imagens, que representam cada crime, para evitar estigmatização.

“Há uma relação entre a tatuagem do palhaço e o assaltante. Mas nem sempre existe essa representação. Algumas pessoas tatuam um palhaço só porque acham bonito”, disse a psicóloga Karina Belmont Chaves, autora do estudo.

Muitas tatuagens são feitas com o uso de canetas e de maneira artesanal nos presídios. A qualidade dessas tatuagens também demonstra um pertencimento de grupo. Ela é vista como uma linguagem de expressão coletiva e individual.

UOL

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MÃE DE SANTO É ACUSADA DE MANTER JOVENS COMO ESCRAVOS SEXUAIS

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A 14ª Delegacia de Polícia (Gama), no Distrito Federal, iniciou uma investigação após uma adolescente de 17 anos denunciar que foi vítima de violência física e sexual por parte de uma mãe de santo de um terreiro de umbanda onde foi morar.

Os relatos são de que a jovem voltou para casa com o cabelo cortado, hematomas na cabeça, além de queimaduras de terceiro grau nas mãos e na língua. A acusada é Hayra Vitória Pereira Nunes, 22 anos, da Tenda Espiritual Vovó Maria Conga Aruanda.

A jovem passou a buscar o terreiro em setembro do ano passado, quando procurava apoio para passar pela transição de gênero, pois não se sentia aceita em sua família. Hayra prometeu afeto e emprego e ela aceitou sair de casa, se afastando de sua família conforme o tempo fosse passando.

Outra pessoa morava nessa tenda, onde a adolescente passou a trabalhar fazendo tarefas domésticas. A jovem então percebeu que Hayra agredia outra menina a pauladas e sentiu que seria vítima das mesmas agressões, como de fato aconteceu, inclusive com relatos de exploração sexual.

– Ela nos transformou em escravos, éramos obrigadas a nos prostituir. Minhas roupas foram parar no lixo porque eram inadequadas para a minha nova função. Comecei a usar roupas sensuais, que ela me obrigava a vestir. Também posávamos para fotos íntimas para atrair clientes. Toda a quantia ia para a conta dela – contou a vítima que precisou fugir do local.

A vítima relata que foi acusada de roubar R$ 200 e precisou assumir a culpa de algo que não fez para não contrariar a mãe de santo que lhe deu nove pauladas nos braços e nas mãos. Em outro momento, ela foi queimada com uma concha com brasa, tanto nas mãos, quanto na cabeça.

– Também queimou a minha língua e colocou pimenta em cada lugar machucado. Por fim, pegou uma cachaça e jogou na minha cabeça, o álcool foi escorrendo pelo rosto, pelo meu corpo. Naquele momento, eu pensei que ela ia colocar fogo em mim. Depois, ela quebrou a garrafa, perfurou minhas mãos e cortou os meus braços – detalhou a jovem.

Ela só conseguiu deixar o local em 26 de janeiro e foi procurar seu pai. Em seguida, a família a levou para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), onde foi submetida a uma série de cirurgias reparadoras.

As investigações da Polícia Civil apuram os crimes de maus-tratos, exploração sexual, cárcere privado e agressão. Hayra se mudou de Gama para Planaltina de Goiás (GO) assim que soube das investigações e acabou sendo presa na última quinta-feira (6).

Além dela, seu marido, Lucas Gomes, e o caseiro da tenda, identificado como Alex, já foram ouvidos pela polícia, negando todas as acusações. Ambos deram versões contraditórias e Alex confirmou que sabia que a vítima havia sido queimada.

A outra mulher que também sofria maus-tratos por parte da mãe de santo também fugiu e foi localizada pela polícia, dando relatos de que era mantida como escrava. Assustada, ela também apresentava hematomas pelo corpo. As informações são do Metrópoles.

PLENO.NEWS

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Câmara de Vereadores de Constantina Informações

FELIZ DIA DA MULHER!

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Hoje celebramos a força, a resiliência, a coragem e as conquistas das mulheres ao redor do mundo. Parabéns a todas.

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MÃE DE CRIANÇA ABUSADA EXPÕE DEPOIMENTO DE HELOÍSA ROSA

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Em um momento de desabafo nas redes sociais, a jornalista Haline Sampaio, mãe da criança do caso Marcus Grubert, mostrou trechos do depoimento da cantora Heloisa Rosa, indicando que a artista gospel teria conhecimento do episódio de abuso sexual desde o início. Grubert é acusado de abusar sexualmente de uma criança de 5 anos em 2023.

Em posse de um documento do Departamento de Crianças e Famílias da Flórida (DCF), Haline não contém a emoção ao ler as palavras de Heloísa. O episódio teria ocorrido em uma festa do pijama na casa da filha de Grubert e Heloísa, que são casados, na Flórida, Estados Unidos.

De acordo com o documento do DCF, “a sra. Grubert foi cooperativa e afirmou estar disposta a colaborar com a investigação, pois sabia da importância disso”.

– Ela [Heloisa] contou que, enquanto estava escovando os dentes, L* entrou no banheiro e disse que estava com medo de algo em seu quarto. A Sra. Heloisa decidiu dar água a L* e depois a colocou de volta na cama, pois já estava ficando tarde.

Heloisa afirmou que, na manhã seguinte, a criança lhe disse que “o sr. Grubert entrou no quarto, cobriu seus olhos e colocou algo em sua boca”.

– No entanto, ela continuava repetindo que era uma chupeta, mas afirmava que não era uma chupeta, e sim algo duro e molhado – segue o depoimento.

A cantora teria dito ainda que acreditou nas palavras da criança, porque Grubert estava sem camisa e agindo de forma estranha. Como já é sabido desde quando o caso veio à tona, Heloisa e Marcus chegaram a se separar brevemente. No entanto, eles reataram, e a artista cortou a comunicação com a mãe da vítima.

Heloisa teria mostrado preocupação com a sua carreira.

– A Sra. Heloisa afirmou que isso é muito difícil para ela, pois é uma cantora cristã de adoração e teme retaliações sociais – diz o documento.

Haline Sampaio destaca a consistência nas palavras da criança, que fez o mesmo relato mais de uma vez. Primeiro para Heloísa, depois para a mãe e também para a detetive Elizabeth Acevedo.

A batalha atual da família e advogados é para que o caso seja reaberto, e Grubert seja julgado. Ele chegou a ser detido em maio do ano passado. Entretanto, acabou solto no dia 24 de junho após o promotor de Justiça do estado da Flórida, Trevor Persenaire, rejeitar o caso por considerar que não havia evidências suficientes contra ele.Em abril haverá uma nova audiência de medida protetiva contra Marcus Grubert. Haline acredita haver provas e elementos consistentes o suficiente para que o caso seja reaberto. Aliás, essa tem sido o questionamento de muitos que acompanham o caso, sobre o que mais falta considerar.

PLENO.NEWS

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