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VENEZUELA: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A ELEIÇÃO DESTE DOMINGO

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Milhões de venezuelanos deverão ir às urnas neste domingo (28) naquela que muitos consideram as eleições mais importantes do país desde que o líder Nicolás Maduro chegou ao poder, há mais de uma década.

A votação coloca o autoritário Maduro, que teve níveis sem precedentes de pobreza e emigração do país, contra Edmundo González Urrutia, um avô quieto e amante dos pássaros que obteve forte apoio apesar de ser a terceira escolha da oposição depois que seus dois candidatos preferidos foram proibidos de concorrer.

Mas os especialistas alertam que o resultado da votação pode ser questionado. Maduro tem o hábito de se agarrar ao poder: o seu governo é há muito acusado de fraude eleitoral e as eleições de 2018 foram consideradas ilegítimas por uma aliança de 14 nações latino-americanas, o Canadá e os Estados Unidos.

O populista e o ex-diplomata

Maduro, que assumiu o manto do movimento populista chavista após a morte do seu antecessor Hugo Chávez em 2013, procura o seu terceiro mandato consecutivo de seis anos no cargo. A sua última eleição foi amplamente boicotada pela oposição. A Organização dos Estados Americanos descreveu essa votação como uma “farsa” e observou que foi realizada “com uma falta geral de liberdades públicas, com candidatos e partidos ilegais, e com autoridades eleitorais desprovidas de toda credibilidade, sujeitas ao poder executivo”.

Nos eventos de campanha deste ano – geralmente alegres e cheios de dança – Maduro chamou os seus oponentes de “fascistas” e “manipuláveis”, depois de afirmar que eles privatizariam as indústrias petrolífera e de saúde do país e “dariam a nossa riqueza”.

No entanto, sob a sua liderança, a Venezuela assistiu a um rápido colapso da sua democracia e quase oito milhões dos seus habitantes fugiram do país. A inflação disparou e a escassez de alimentos espalhou-se à medida que o país sofria “o maior colapso econômico de um país sem conflitos em quase meio século”, como afirmou o Fundo Monetário Internacional.

González Urrutia, um ex-diplomata, concorre como candidato por uma coalizão de oposição conhecida como Plataforma Unitária Democrática. Entre as suas prioridades está o controle da inflação, que atualmente se situa nos 64% ao ano, e a restauração da confiança nas instituições de poder do país, como o poder judicial, que atualmente é atormentado por simpatizantes de Maduro. No entanto, não forneceu um roteiro sobre como convenceria um governo autoritário a renunciar voluntariamente ao controle e a liderar uma transição democrática.

Nas últimas semanas, os seus eventos ao lado de María Corina Machado, a líder carismática da coligação da oposição que foi proibida de concorrer à presidência no início deste ano (juntamente com a sua parceira Corina Yoris), atraíram grandes multidões, incluindo setores da população que têm sido leais ao chavismo há muito tempo.

O casal prometeu construir um país que possa acolher os milhões de venezuelanos que partiram em massa nos últimos anos devido ao desespero econômico. Outros candidatos também concorrem, mas têm apoio mínimo e a principal oposição os considera aliados do governo.

Segundo Oswaldo Ramírez, diretor geral da ORC Consultores, a oposição encontrou apoio em “quase todos os cantos do país”.

“A energia eleitoral está de volta às ruas da Venezuela”, afirmou. “Nunca, desde o início desta era política, a oposição teve uma intenção de voto que a favorecesse tão amplamente”.

CNN BRASIL

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MULHER NUA É ABORDADA EM ORLA E CONFESSA TER MATADO O PAI

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Uma mulher de 41 anos foi presa em flagrante por homicídio na cidade de Itanhaém (SP), neste sábado (16). Ela caminhava nua pela orla da praia quando foi abordada por guardas municipais, momento em que confessou ter esfaqueado o próprio pai, de 74 anos.

Os policiais foram até o apartamento onde pai e filha moravam e encontraram a vítima morta com várias perfurações causadas por faca. As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

A mulher recebeu atendimento médico e foi levada à delegacia do município, onde permaneceu presa. Ela disse à polícia que cometeu o crime devido ao estresse acumulado nas atribuições por cuidar do idoso.

– O cenário que nós colhemos é de uma pessoa que tinha a incumbência de cuidar do seu pai e esse cenário, essas atribuições dela, de cuidados com o pai foram se alargando ao longo do tempo por conta dele ter ficado mudo – disse o delegado Luiz Carlos Vieira.

A faca e equipamentos eletrônicos encontradas no local do crime foram recolhidos para perícia.

*Com informações AE

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Câmara de Vereadores de Constantina Informações

INFORMATIVO DA CÂMARA DE VEREADORES DE CONSTANTINA 16/08/2025

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JUIZ QUE LIBEROU PRESO COM 86 PASSAGENS É MARIDO DE TIBURI

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No fim de julho, uma decisão do juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, provocou forte repercussão no meio jurídico e na opinião pública. O magistrado determinou a soltura de Patrick Rocha Maciel, de 20 anos, preso por roubo e dono de um histórico criminal impressionante: 86 anotações envolvendo furtos, porte de arma, lesão corporal e ameaças.

A ordem de liberdade ganhou contornos ainda mais controversos quando veio à tona a vida pessoal de Casara. Casado com a filósofa petista Marcia Tiburi — célebre pela frase “sou a favor do assalto”, que ela chama de “provocação filosófica” —, o juiz divide com a esposa um histórico de militância política e trabalhos conjuntos, como a peça Um Fascista no Divã, obra que satiriza a direita e critica Jair Bolsonaro (PL).

No caso de Maciel, o Ministério Público havia se posicionado pela manutenção da prisão preventiva. As imagens das câmeras de segurança mostravam o acusado arrombando portões e levando equipamentos eletrônicos de uma farmácia em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ainda assim, Casara entendeu que “a existência de anotações na folha penal não é pressuposto da prisão cautelar”.

O magistrado impôs medidas alternativas brandas: comparecimento mensal em cartório e proibição de deixar o estado por mais de sete dias, ambas válidas por apenas 100 dias. Críticos consideraram a decisão um símbolo da fragilidade do sistema judicial. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), por exemplo, reagiu nas redes, afirmando que “a porta giratória das audiências de custódia precisa acabar”.

Rubens Casara é autor de obras como Prisão: Além do Senso Comum e Estado Pós-democrático: Neo-obscurantismo e Gestão dos Indesejáveis. Suas ideias partem de um viés antipunitivista e anticapitalista. Sua esposa, Marcia Tiburi, candidata derrotada do PT ao governo do Rio em 2018, também adota discursos semelhantes, associando o neoliberalismo a formas de opressão comparáveis ao ato de roubar.

Desde a década passada, Casara já demonstrava alinhamento político com a esquerda, chegando a pendurar um retrato de Che Guevara em seu gabinete e a participar de atos com líderes do PSOL e MST. Em 2016, discursou contra o impeachment de Dilma Rousseff na orla de Copacabana, dizendo falar “como juiz de direito, não de direita”

Por essa razão, foi investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por atuação político-partidária, mas o caso acabou arquivado — decisão reforçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em voto do ministro Ricardo Lewandowski, coincidentemente um indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Suprema Corte.

Membro do grupo Prerrogativas, que se opôs à Lava Jato e defende Lula, Casara protagonizou embates diretos com Sergio Moro. Em 2015, em audiência no Senado, comparou a proposta de prisão após segunda instância às práticas da Alemanha nazista e do fascismo italiano. A medida era algo defendido pelo hoje senador.

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