A família de Brian Grandi, de 20 anos, passou as últimas horas à espera de notícias. O jovem é o último desaparecido após a queda da ponte pênsil que liga as cidades de Torres, no Rio Grande do Sul, e Passo de Torres, em Santa Catarina, ocorrida na madrugada de segunda-feira (20).
A mãe de Brian, Cristiane dos Santos, se divide entre a angústia e a esperança.
“A expectativa é que a gente encontre ele com vida, que ele apareça em algum lugar. A expectativa é bem cansativa, uma parte bem dolorosa. (…) Eu tô tentando não pensar nada negativo pra me manter em pé, firme, né? Porque, se eu parar pra pensar, não consigo sair da cama daí”, afirma a dona de casa.
À reportagem da RBS TV, Cristiane disse que estava conversando com Brian por mensagens até momentos antes do acidente. Segundo a mulher, o jovem estava “se comunicando bastante” e avisou quando a festa em que estava acabou, por volta de 2h.
Nesta terça-feira (21), a Polícia Civil confirmou que a última localização do GPS do celular do jovem aponta para a região do Rio Mampituba. O rastreamento identificou que a atualização mais recente do aparelho foi às 2h21 de segunda.
As buscas por Brian seguem. Após a chuva das últimas horas e a mudança na direção do vento, os bombeiros refizeram o planejamento. A área, antes delimitada em um raio de 800 metros, foi ampliada para a região do mar. O trabalho de resgate mobiliza mergulhadores, embarcações e helicópteros.
“A Marinha está avisada, o pessoal da orla de Santa Catarina, os guarda-vidas, inclusive com aéreo. A aeronave da Brigada Militar já levantou voo e está nos apoiando também. É mais um apoio. Qualquer novidade avistada eles nos reportam e nós vamos conferir in loco”, explica o comandante do 9º Batalhão de Bombeiros Militar, tenente-coronel Rodrigo Pioresan.
De acordo com parentes, Brian é natural de Caxias do Sul, na Serra do RS, e teria ido a Passo de Torres, na noite de domingo (19), passar o carnaval com um grupo de amigos. Os amigos estavam de carro, mas como Brian havia deixado sua bicicleta no lado de Torres, ele teria atravessado a ponte de volta para o RS a pé.
“A possibilidade que a gente tem é aquela fé que ele possa ter sido resgatado inconsciente ou ruim ou pegou outro grupo de amigos, tirando aqueles que tavam no carro. Que ele tenha saído com eles, que ele apareça. Sentimento de mãe”, diz Cristiane.
-G1