Dois homens foram denunciados pelo Ministério Público do RS (MPRS) por suspeita de assassinar e esconder o corpo do empresário mineiro Samuel Eberth de Melo, de 41 anos. Os homens, que são sogro e genro, segundo o MP, já estão presos preventivamente e foram indiciados pelo crime.
A denúncia foi feita na sexta-feira (28) e divulgada nesta segunda (31) pelo MPRS. O g1 entrou em contato com a defesa dos dois e não havia obtido retorno até a atualização mais recente desta reportagem.
Eles devem responder por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, para assegurar a impunidade de outros crimes e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O sogro ainda foi acusado de posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
Melo foi assassinado com nove tiros pelas costas. Os crimes aconteceram no dia 2 de junho, data em que o empresário desapareceu após viajar de MG para o RS. O corpo dele foi localizado no domingo (11) em uma região de matagal cidade de Santo Antônio da Patrulha, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
O homem mais velho, Diego Gabriel da Silva, sogro do mais jovem, era sócio do empresário morto em uma revenda de veículos, negócio que teria motivado o assassinato. O genro não teve a identidade revelada.
De acordo com a promotora Graziela da Rocha Vaughan Veleda, que assina a denúncia, a dupla teria matado Samuel Eberth de Melo a tiros após levá-lo de carro até a zona rural de Santo Antônio da Patrulha, supostamente para buscar um automóvel de propriedade da vítima. No local, o sogro acionou seu genro, afirmando precisar de uma “mão de duas horinhas”.
Ainda de acordo com a denúncia, Daniel foi a um estabelecimento comercial da cidade, onde comprou as pás, a enxada, dois pares de luvas e três metros de lona preta. Imagens de câmeras de segurança de uma loja obtidas pela RBS TV mostram o suspeito fazendo a compra. Assista acima.
Já na zona rural, sogro e genro teriam atirado diversas vezes contra Samuel, enrolado seu corpo na lona e o enterrado em uma propriedade rural.
Segundo investigações da Polícia Civil, o crime teria relação com uma dívida cobrada por Samuel ao sócio após venda de veículos que havia enviado de um estado para outro. O valor seria de cerca de R$ 5 milhões. O empresário chegou a mandar uma mensagem a familiares dizendo que achava que “tinha alguma coisa” no negócio.
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