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LEANDRO BOLDRINI E GRACIELE UGULINI SÃO CONDENADOS POR TORTURAR MENINO BERNARDO

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A Juíza de Direito Sucilene Engler Audino, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Três Passos, condenou os réus Leandro Boldrini e Graciele Ugulini a 8 anos e 20 dias de prisão em regime semiaberto. Eles foram acusados por três crimes contra Bernardo Boldrini: tortura, abandono material e submissão a vexame e constrangimento. Os réus podem recorrer da decisão. A condenação não muda a situação do processo de execução criminal (PEC) que está em tramitação em Santa Maria, já que ainda não há o trânsito em julgado da nova condenação. A sentença foi proferida na última terça-feira (19/9).

“Além dos vídeos gravados pelos corréus, que revelam um pouco de como era a relação deles com o filho e enteado, uma relação de abusos, sofrimentos e crueldades mentais, outros xingamentos, por meio da inflição de tormentos sem nenhum cunho educativo, foram proferidos pelos denunciados, que agiam em conjunto contra Bernardo, sempre com a intenção de castigá-lo, com a supressão das referências e bases necessárias a uma vida saudável e ao bom desenvolvimento pessoal e social do ofendido, em sucessivos atos de intimidação e de restrição”, disse a magistrada na decisão.

A Juíza destaca ainda que as ameaças e o sofrimento mental a que era submetida a vítima, tinham por objetivo não apenas repreender o menor como forma de castigos pessoais, mas, também, “submeter as vítimas à padecimentos, por mero prazer”.

Quanto ao crime de abandono material, a magistrada afirma que as diversas condutas praticadas pelos réus configuram a violação do dever de prover a subsistência do filho e enteado, menor de 18 anos, não proporcionando os recursos necessários à sobrevivência, entre eles alimentação, vestuário e tratamentos médicos.

Em relação ao crime de submissão à vexame e constrangimento, a Juíza ressalta que há inúmeros relatos de testemunhas afirmando que Bernardo, por diversas vezes, não tinha a chave de casa porque os acusados não lhe forneciam, sendo que, mesmo ligando diversas vezes, os acusados não atendiam ou não abriam a porta para a vítima, “sendo ele obrigado a buscar abrigo na casa de colegas da escola ou conhecidos ou, ainda, ficar perambulando pela cidade, o que, certamente, lhe causou imensa humilhação e constrangimento”.

A denúncia foi recebida em 11/10/2016. Durante a instrução, foram ouvidas quatorze testemunhas de acusação, duas testemunhas da defesa de Leandro, uma delas também arrolada pelo Ministério Público, e quatro testemunhas da defesa de Graciele.

-IN FOCO RS

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MULHER NUA É ABORDADA EM ORLA E CONFESSA TER MATADO O PAI

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Uma mulher de 41 anos foi presa em flagrante por homicídio na cidade de Itanhaém (SP), neste sábado (16). Ela caminhava nua pela orla da praia quando foi abordada por guardas municipais, momento em que confessou ter esfaqueado o próprio pai, de 74 anos.

Os policiais foram até o apartamento onde pai e filha moravam e encontraram a vítima morta com várias perfurações causadas por faca. As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

A mulher recebeu atendimento médico e foi levada à delegacia do município, onde permaneceu presa. Ela disse à polícia que cometeu o crime devido ao estresse acumulado nas atribuições por cuidar do idoso.

– O cenário que nós colhemos é de uma pessoa que tinha a incumbência de cuidar do seu pai e esse cenário, essas atribuições dela, de cuidados com o pai foram se alargando ao longo do tempo por conta dele ter ficado mudo – disse o delegado Luiz Carlos Vieira.

A faca e equipamentos eletrônicos encontradas no local do crime foram recolhidos para perícia.

*Com informações AE

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Câmara de Vereadores de Constantina Informações

INFORMATIVO DA CÂMARA DE VEREADORES DE CONSTANTINA 16/08/2025

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JUIZ QUE LIBEROU PRESO COM 86 PASSAGENS É MARIDO DE TIBURI

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No fim de julho, uma decisão do juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, provocou forte repercussão no meio jurídico e na opinião pública. O magistrado determinou a soltura de Patrick Rocha Maciel, de 20 anos, preso por roubo e dono de um histórico criminal impressionante: 86 anotações envolvendo furtos, porte de arma, lesão corporal e ameaças.

A ordem de liberdade ganhou contornos ainda mais controversos quando veio à tona a vida pessoal de Casara. Casado com a filósofa petista Marcia Tiburi — célebre pela frase “sou a favor do assalto”, que ela chama de “provocação filosófica” —, o juiz divide com a esposa um histórico de militância política e trabalhos conjuntos, como a peça Um Fascista no Divã, obra que satiriza a direita e critica Jair Bolsonaro (PL).

No caso de Maciel, o Ministério Público havia se posicionado pela manutenção da prisão preventiva. As imagens das câmeras de segurança mostravam o acusado arrombando portões e levando equipamentos eletrônicos de uma farmácia em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ainda assim, Casara entendeu que “a existência de anotações na folha penal não é pressuposto da prisão cautelar”.

O magistrado impôs medidas alternativas brandas: comparecimento mensal em cartório e proibição de deixar o estado por mais de sete dias, ambas válidas por apenas 100 dias. Críticos consideraram a decisão um símbolo da fragilidade do sistema judicial. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), por exemplo, reagiu nas redes, afirmando que “a porta giratória das audiências de custódia precisa acabar”.

Rubens Casara é autor de obras como Prisão: Além do Senso Comum e Estado Pós-democrático: Neo-obscurantismo e Gestão dos Indesejáveis. Suas ideias partem de um viés antipunitivista e anticapitalista. Sua esposa, Marcia Tiburi, candidata derrotada do PT ao governo do Rio em 2018, também adota discursos semelhantes, associando o neoliberalismo a formas de opressão comparáveis ao ato de roubar.

Desde a década passada, Casara já demonstrava alinhamento político com a esquerda, chegando a pendurar um retrato de Che Guevara em seu gabinete e a participar de atos com líderes do PSOL e MST. Em 2016, discursou contra o impeachment de Dilma Rousseff na orla de Copacabana, dizendo falar “como juiz de direito, não de direita”

Por essa razão, foi investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por atuação político-partidária, mas o caso acabou arquivado — decisão reforçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em voto do ministro Ricardo Lewandowski, coincidentemente um indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Suprema Corte.

Membro do grupo Prerrogativas, que se opôs à Lava Jato e defende Lula, Casara protagonizou embates diretos com Sergio Moro. Em 2015, em audiência no Senado, comparou a proposta de prisão após segunda instância às práticas da Alemanha nazista e do fascismo italiano. A medida era algo defendido pelo hoje senador.

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