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RÚSSIA PODE SUSTENTAR GUERRA POR MAIS DOIS OU TRÊS ANOS

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A Rússia pode sustentar seu esforço de guerra na Ucrânia “por mais dois ou três anos”, mas terá de sacrificar a “qualidade pela quantidade” à medida que substitui armas destruídas ou danificadas por sistemas mais antigos que estavam armazenados, de acordo com um relatório.

O documento do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), com sede no Reino Unido, estima que a Rússia perdeu mais tanques nos campos de batalha na Ucrânia do que tinha quando lançou a invasão em grande escala há dois anos, mas é pouco provável que estas perdas possam “causar o fim dos combates em breve.”

“Apesar de perder, em média, centenas de veículos blindados e peças de artilharia por mês, a Rússia tem conseguido manter estáveis os seus números de inventário ativo”, reativando sistemas antigos, aumentando sua capacidade industrial e comprando no exterior, destacou o instituto.

Assim, o IISS entende que a Rússia pode “sustentar o seu ataque à Ucrânia por mais dois ou três anos, e talvez até mais”.

Esse relatório, publicado no meio de fevereiro, surgiu em um momento em que as forças de Moscou conduzem uma série de ofensivas ao longo das linhas da frente, que se estendem por quase mil quilômetros, tentando furar o que um antigo general de ponta da Ucrânia descreveu no ano passado como um “impasse”.

Entretanto, a Ucrânia deve mudar para uma posição mais defensiva depois que a tão esperada contra-ofensiva não teve os resultados desejados.

Ao mesmo tempo, o país luta com suas próprias restrições de soldados, e as munições fornecidas pelo Ocidente começam a se esgotar.

Ocidente enfrenta dilema

O Senado dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei de ajuda externa de US$ 95,3 bilhões, incluindo US$ 60 bilhões em apoio à Ucrânia, iniciando um confronto com a Câmara, enquanto o presidente Mike Johnson não planeja levar o projeto ao plenário.

Em um outro documento, um relatório anual sobre o Balanço Militar, o IISS afirmou que os gastos globais com defesa aumentaram 9%, para um recorde de US$ 2,2 trilhões de dólares em 2023, à medida que o mundo se ajusta ao que chamou de “era de instabilidade”.

Além disso, observou que a invasão da Rússia estimulou os países europeus a aumentarem os gastos com a defesa e a fortalecer a Otan (a aliança militar ocidental), mas indicou que grande parte do financiamento adicional era “para corrigir deficiências de anos de subinvestimento”.

O IISS pontuou ainda que a União Europeia está em direção de falhar “por uma ampla margem” com o seu objetivo de entregar à Ucrânia um milhão de obuses (uma espécie de arma estacionária) de 155 milímetros até março.

“Os governos ocidentais se encontram mais uma vez em uma posição em que devem decidir o fornecimento de armas parta Kiev desferir um golpe decisivo, em vez de apenas armas suficientes para não perder”, avaliou Bastian Giegerich, diretor-geral do IISS.

Perdas “intensas”

Embora a Rússia tenha sofrido perdas “intensas” de veículos blindados desde fevereiro de 2022, o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos ressaltou que “há poucos sinais de que [as baixas] causarão o fim dos combates tão cedo”.

O relatório rastreou as frotas ativas dos principais tanques de batalha (MBTs), veículos blindados de transporte de pessoal (APCs), veículos de combate de infantaria (IFVs) e outros equipamentos da Rússia e da Ucrânia.

A pesquisa também cruzou as perdas indicadas em imagens do campo de batalha com outras fontes de informação, incluindo dados vazados do Pentágono e rastreadores de código aberto, mas ponderou que estimar as perdas é uma “ciência imprecisa”.

O número de tanques de batalha ativos na Ucrânia “permanece perto dos níveis anteriores à guerra”, enquanto o número de APCs e IFVs “aumentou graças ao apoio ocidental”.

Apesar disso, o relatório alertou que as tentativas da Ucrânia de colocar estes veículos em campo “ultrapassaram o fornecimento de equipamento”, o que significa que algumas unidades não tinham equipamento suficiente para estarem perto da força total.

Exército e economia da Rússia resistem

A Rússia, por sua vez, perdeu mais de 3 mil veículos blindados de combate só no ano passado, mas isso foi compensado pela reativação de cerca de 1.200 MBTs e quase 2.500 IFVs e APCs armazenados.

Embora isso tenha significado trocar “qualidade por quantidade”, a Rússia também conseguiu fabricar novos veículos. Os autores concluíram que a Rússia poderia sustentar a atual taxa de perdas durante até três anos ou talvez mais.

O relatório também detalhou como, apesar das sanções internacionais, a economia da Rússia se revelou resiliente e aumentou os gastos com defesa para 2024.

“A Rússia aumentou o seu orçamento oficial de defesa para 2024 em mais de 60% em termos anuais. A despesa militar total representa agora um terço do seu orçamento nacional e atingirá cerca de 7,5% do PIB, sinalizando o foco no seu esforço de guerra”, disse Giegerich.

O Royal United Services Institute, outro grupo de reflexão, publicou seu próprio relatório sobre a mudança dos objetivos e da capacidade militar da Rússia.

“A Rússia ainda mantém o objetivo estratégico de conseguir a subjugação da Ucrânia e agora acredita que está vencendo”, avaliou.

Vitória até 2026

O relatório pontua ainda que a Rússia deve procurar atingir seu objetivo em três etapas.

Em primeiro lugar, o objetivo será continuar a pressão ao longo das linhas da frente ucranianas, drenando suas munições e tropas.

“Paralelamente a este esforço, os Serviços Especiais Russos têm a tarefa de quebrar o ímpeto dos parceiros internacionais da Ucrânia de continuar fornecendo ajuda militar”, destacou.

Depois, quando os estoques de munições ucranianos estiverem esgotados, a Rússia organizará novas operações ofensivas para obter vantagens significativas no campo de batalha, em tentativa de obter vantagem sobre Kiev “para forçar a rendição nos termos russos”.

A Rússia planejava alcançar essa vitória até 2026, afirma o relatório.

Os autores sublinharam, no entanto, que este resultado poderia ser evitado “se os parceiros da Ucrânia continuarem fornecendo munições e apoio de treinamento suficientes” às Forças Armadas ucranianas, a fim de atenuar os ataques da Rússia em 2024.

“Se a Rússia não tiver perspectivas de ganhos em 2025, dada a sua incapacidade de melhorar a qualidade da força para operações ofensivas, então terá dificuldades para forçar Kiev a se render até 2026”, concluem.

CNN BRASIL

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MÃE DE SANTO É ACUSADA DE MANTER JOVENS COMO ESCRAVOS SEXUAIS

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A 14ª Delegacia de Polícia (Gama), no Distrito Federal, iniciou uma investigação após uma adolescente de 17 anos denunciar que foi vítima de violência física e sexual por parte de uma mãe de santo de um terreiro de umbanda onde foi morar.

Os relatos são de que a jovem voltou para casa com o cabelo cortado, hematomas na cabeça, além de queimaduras de terceiro grau nas mãos e na língua. A acusada é Hayra Vitória Pereira Nunes, 22 anos, da Tenda Espiritual Vovó Maria Conga Aruanda.

A jovem passou a buscar o terreiro em setembro do ano passado, quando procurava apoio para passar pela transição de gênero, pois não se sentia aceita em sua família. Hayra prometeu afeto e emprego e ela aceitou sair de casa, se afastando de sua família conforme o tempo fosse passando.

Outra pessoa morava nessa tenda, onde a adolescente passou a trabalhar fazendo tarefas domésticas. A jovem então percebeu que Hayra agredia outra menina a pauladas e sentiu que seria vítima das mesmas agressões, como de fato aconteceu, inclusive com relatos de exploração sexual.

– Ela nos transformou em escravos, éramos obrigadas a nos prostituir. Minhas roupas foram parar no lixo porque eram inadequadas para a minha nova função. Comecei a usar roupas sensuais, que ela me obrigava a vestir. Também posávamos para fotos íntimas para atrair clientes. Toda a quantia ia para a conta dela – contou a vítima que precisou fugir do local.

A vítima relata que foi acusada de roubar R$ 200 e precisou assumir a culpa de algo que não fez para não contrariar a mãe de santo que lhe deu nove pauladas nos braços e nas mãos. Em outro momento, ela foi queimada com uma concha com brasa, tanto nas mãos, quanto na cabeça.

– Também queimou a minha língua e colocou pimenta em cada lugar machucado. Por fim, pegou uma cachaça e jogou na minha cabeça, o álcool foi escorrendo pelo rosto, pelo meu corpo. Naquele momento, eu pensei que ela ia colocar fogo em mim. Depois, ela quebrou a garrafa, perfurou minhas mãos e cortou os meus braços – detalhou a jovem.

Ela só conseguiu deixar o local em 26 de janeiro e foi procurar seu pai. Em seguida, a família a levou para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), onde foi submetida a uma série de cirurgias reparadoras.

As investigações da Polícia Civil apuram os crimes de maus-tratos, exploração sexual, cárcere privado e agressão. Hayra se mudou de Gama para Planaltina de Goiás (GO) assim que soube das investigações e acabou sendo presa na última quinta-feira (6).

Além dela, seu marido, Lucas Gomes, e o caseiro da tenda, identificado como Alex, já foram ouvidos pela polícia, negando todas as acusações. Ambos deram versões contraditórias e Alex confirmou que sabia que a vítima havia sido queimada.

A outra mulher que também sofria maus-tratos por parte da mãe de santo também fugiu e foi localizada pela polícia, dando relatos de que era mantida como escrava. Assustada, ela também apresentava hematomas pelo corpo. As informações são do Metrópoles.

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Câmara de Vereadores de Constantina Informações

FELIZ DIA DA MULHER!

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Hoje celebramos a força, a resiliência, a coragem e as conquistas das mulheres ao redor do mundo. Parabéns a todas.

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MÃE DE CRIANÇA ABUSADA EXPÕE DEPOIMENTO DE HELOÍSA ROSA

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Em um momento de desabafo nas redes sociais, a jornalista Haline Sampaio, mãe da criança do caso Marcus Grubert, mostrou trechos do depoimento da cantora Heloisa Rosa, indicando que a artista gospel teria conhecimento do episódio de abuso sexual desde o início. Grubert é acusado de abusar sexualmente de uma criança de 5 anos em 2023.

Em posse de um documento do Departamento de Crianças e Famílias da Flórida (DCF), Haline não contém a emoção ao ler as palavras de Heloísa. O episódio teria ocorrido em uma festa do pijama na casa da filha de Grubert e Heloísa, que são casados, na Flórida, Estados Unidos.

De acordo com o documento do DCF, “a sra. Grubert foi cooperativa e afirmou estar disposta a colaborar com a investigação, pois sabia da importância disso”.

– Ela [Heloisa] contou que, enquanto estava escovando os dentes, L* entrou no banheiro e disse que estava com medo de algo em seu quarto. A Sra. Heloisa decidiu dar água a L* e depois a colocou de volta na cama, pois já estava ficando tarde.

Heloisa afirmou que, na manhã seguinte, a criança lhe disse que “o sr. Grubert entrou no quarto, cobriu seus olhos e colocou algo em sua boca”.

– No entanto, ela continuava repetindo que era uma chupeta, mas afirmava que não era uma chupeta, e sim algo duro e molhado – segue o depoimento.

A cantora teria dito ainda que acreditou nas palavras da criança, porque Grubert estava sem camisa e agindo de forma estranha. Como já é sabido desde quando o caso veio à tona, Heloisa e Marcus chegaram a se separar brevemente. No entanto, eles reataram, e a artista cortou a comunicação com a mãe da vítima.

Heloisa teria mostrado preocupação com a sua carreira.

– A Sra. Heloisa afirmou que isso é muito difícil para ela, pois é uma cantora cristã de adoração e teme retaliações sociais – diz o documento.

Haline Sampaio destaca a consistência nas palavras da criança, que fez o mesmo relato mais de uma vez. Primeiro para Heloísa, depois para a mãe e também para a detetive Elizabeth Acevedo.

A batalha atual da família e advogados é para que o caso seja reaberto, e Grubert seja julgado. Ele chegou a ser detido em maio do ano passado. Entretanto, acabou solto no dia 24 de junho após o promotor de Justiça do estado da Flórida, Trevor Persenaire, rejeitar o caso por considerar que não havia evidências suficientes contra ele.Em abril haverá uma nova audiência de medida protetiva contra Marcus Grubert. Haline acredita haver provas e elementos consistentes o suficiente para que o caso seja reaberto. Aliás, essa tem sido o questionamento de muitos que acompanham o caso, sobre o que mais falta considerar.

PLENO.NEWS

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