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APÓS PACTO DE PUTIN E KIM, COREIA DO SUL QUER DAR ARMAS À UCRÂNIA

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Um dia depois de a Coreia do Norte e a Rússia assinarem um pacto de defesa mútua em caso de agressão, a Coreia do Sul anunciou nesta quinta-feira (20), que está considerando enviar armas para a Ucrânia, país invadido pelas forças russas em 2022. O presidente russo, Vladimir Putin, que chegou ao Vietnã nesta quarta na segunda etapa da sua viagem pela região, alertou Seul de que essa decisão seria “um grande erro”.

O gabinete do presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, condenou o acordo fechado entre Putin e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e disse que haveria consequências negativas nas relações entre Seul e Moscou. Esse acordo marca uma mudança política no leste asiático ao estabelecer a garantia de defesa mútua em caso de guerra.

– É absurdo que duas partes com um histórico de lançar guerras de invasão , a Guerra da Coreia e a guerra na Ucrânia, agora prometam cooperação militar mútua com base na premissa de um ataque preventivo por parte da comunidade internacional que nunca acontecerá – afirmou o comunicado do gabinete.

O pacto de segurança entre a Coreia do Norte e a Rússia faz parte de uma série de acordos descritos pelos dois líderes como uma atualização das relações bilaterais que abrangem comércio, investimento e laços culturais e humanitários, além da segurança.

No que diz respeito à segurança, os termos publicados pela agência estatal norte-coreana KCNA dizem que, se um dos países for invadido e levado a um estado de guerra, o outro deve mobilizar “todos os meios à sua disposição sem demora” para fornecer “militares e outras assistências”.

O acordo é a aproximação mais relevante entre os dois países desde o fim da Guerra Fria e reabriu a discussão sul-coreana sobre enviar armas à Ucrânia. Seul, um crescente exportador de armas com um Exército bem equipado com apoio dos EUA, havia considerado essa possibilidade no passado, mas a ideia não se materializou por uma política antiga de não fornecer armas a países envolvidos em conflitos ativos.

Nos dois anos de guerra, o apoio de Seul a Kiev foi restrito ao fornecimento de ajuda humanitária e à adesão a sanções econômicas lideradas pelos EUA contra a Rússia.

Segundo a pesquisadora sênior do Stimson Center (Washington) Jenny Town, essa posição da Coreia do Sul já havia prejudicado as relações com a Rússia, mas o último pacto pode elevar a tensão a um extremo entre os dois.

VIETNÃ
Em Hanói, no Vietnã, Putin reagiu à declaração de Seul dizendo que poderia responder enviando material bélico para a Coreia do Norte.

– Aqueles que enviam [mísseis para a Ucrânia] acham que não estão lutando contra nós, mas já disse, até em Pyongyang, que nos reservamos o direito de fornecer armas a outras regiões do mundo, em relação aos nossos acordos com a Coreia do Norte – afirmou Putin.

O pacto de segurança foi uma das recompensas mais visíveis que Kim extraiu de Moscou em troca das dezenas de mísseis balísticos e mais de 11 mil contêineres de embarque de munições que Washington disse que a Coreia do Norte forneceu, nos últimos meses, para apoiar a guerra de Putin na Ucrânia.

Além do pacto de defesa mútua, Putin prometeu ajuda tecnológica não especificada que poderia permitir à Coreia do Norte dar um passo significativo em seu programa nuclear e de mísseis, como a capacidade de mirar melhor em seus muitos adversários e atingir qualquer cidade americana com suas armas.

Os EUA consideraram a reação de Putin sobre o anúncio de Seul preocupante. Segundo o Departamento de Estado, o envio de armas russas ao país comunista asiático poderia desestabilizar a península coreana e violar as resoluções do Conselho de Segurança que a própria Rússia apoiou.

*AE

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MULHER NUA É ABORDADA EM ORLA E CONFESSA TER MATADO O PAI

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Uma mulher de 41 anos foi presa em flagrante por homicídio na cidade de Itanhaém (SP), neste sábado (16). Ela caminhava nua pela orla da praia quando foi abordada por guardas municipais, momento em que confessou ter esfaqueado o próprio pai, de 74 anos.

Os policiais foram até o apartamento onde pai e filha moravam e encontraram a vítima morta com várias perfurações causadas por faca. As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública.

A mulher recebeu atendimento médico e foi levada à delegacia do município, onde permaneceu presa. Ela disse à polícia que cometeu o crime devido ao estresse acumulado nas atribuições por cuidar do idoso.

– O cenário que nós colhemos é de uma pessoa que tinha a incumbência de cuidar do seu pai e esse cenário, essas atribuições dela, de cuidados com o pai foram se alargando ao longo do tempo por conta dele ter ficado mudo – disse o delegado Luiz Carlos Vieira.

A faca e equipamentos eletrônicos encontradas no local do crime foram recolhidos para perícia.

*Com informações AE

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Câmara de Vereadores de Constantina Informações

INFORMATIVO DA CÂMARA DE VEREADORES DE CONSTANTINA 16/08/2025

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JUIZ QUE LIBEROU PRESO COM 86 PASSAGENS É MARIDO DE TIBURI

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No fim de julho, uma decisão do juiz Rubens Casara, da 43ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, provocou forte repercussão no meio jurídico e na opinião pública. O magistrado determinou a soltura de Patrick Rocha Maciel, de 20 anos, preso por roubo e dono de um histórico criminal impressionante: 86 anotações envolvendo furtos, porte de arma, lesão corporal e ameaças.

A ordem de liberdade ganhou contornos ainda mais controversos quando veio à tona a vida pessoal de Casara. Casado com a filósofa petista Marcia Tiburi — célebre pela frase “sou a favor do assalto”, que ela chama de “provocação filosófica” —, o juiz divide com a esposa um histórico de militância política e trabalhos conjuntos, como a peça Um Fascista no Divã, obra que satiriza a direita e critica Jair Bolsonaro (PL).

No caso de Maciel, o Ministério Público havia se posicionado pela manutenção da prisão preventiva. As imagens das câmeras de segurança mostravam o acusado arrombando portões e levando equipamentos eletrônicos de uma farmácia em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ainda assim, Casara entendeu que “a existência de anotações na folha penal não é pressuposto da prisão cautelar”.

O magistrado impôs medidas alternativas brandas: comparecimento mensal em cartório e proibição de deixar o estado por mais de sete dias, ambas válidas por apenas 100 dias. Críticos consideraram a decisão um símbolo da fragilidade do sistema judicial. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR), por exemplo, reagiu nas redes, afirmando que “a porta giratória das audiências de custódia precisa acabar”.

Rubens Casara é autor de obras como Prisão: Além do Senso Comum e Estado Pós-democrático: Neo-obscurantismo e Gestão dos Indesejáveis. Suas ideias partem de um viés antipunitivista e anticapitalista. Sua esposa, Marcia Tiburi, candidata derrotada do PT ao governo do Rio em 2018, também adota discursos semelhantes, associando o neoliberalismo a formas de opressão comparáveis ao ato de roubar.

Desde a década passada, Casara já demonstrava alinhamento político com a esquerda, chegando a pendurar um retrato de Che Guevara em seu gabinete e a participar de atos com líderes do PSOL e MST. Em 2016, discursou contra o impeachment de Dilma Rousseff na orla de Copacabana, dizendo falar “como juiz de direito, não de direita”

Por essa razão, foi investigado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por atuação político-partidária, mas o caso acabou arquivado — decisão reforçada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em voto do ministro Ricardo Lewandowski, coincidentemente um indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Suprema Corte.

Membro do grupo Prerrogativas, que se opôs à Lava Jato e defende Lula, Casara protagonizou embates diretos com Sergio Moro. Em 2015, em audiência no Senado, comparou a proposta de prisão após segunda instância às práticas da Alemanha nazista e do fascismo italiano. A medida era algo defendido pelo hoje senador.

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