O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (11), que o governo brasileiro vai comprar um novo avião para a Presidência da República, bem como aeronaves para seus ministros viajarem pelo país.
– Vamos comprar um avião para o presidente da República. A ignorância não pode prevalecer. Um avião para o presidente da República não é para o Lula, FHC, Bolsonaro. É um avião para a instituição Presidência da República. Vamos comprar e alguns outros aviões, porque é preciso os ministros viajarem. A gente não governa o Brasil com ministros coçando lá em Brasília – disse.
O presidente relatou como foi o episódio com o avião presidencial no retorno do México, quando foi preciso trocar de aeronave por problemas.
– A gente estava na pista, o barulho estava diferente. Quando levantou voo, aconteceu alguma coisa, o avião estava com um ronco diferente, trepidava muito. Eu logo levantei para saber com o piloto o que estava acontecendo. Cheguei lá, a porta estava fechada. Eu bati e eles abriram. Estavam nervosos, porque estavam vendo como sair daquela situação e falaram que assim que tivessem informação iam passar – afirmou.
– O pessoal fica preocupado, pedi para servir almoço para o pessoal. Até fiz uma brincadeira estúpida dizendo que era preciso comer, porque a gente não sabia se tinha comida no céu – completou, rindo.
AEROLULA
A declaração se deu em entrevista do presidente à rádio O Povo/CBN de Fortaleza. Lula afirmou, ainda, que, “durante muito tempo, fui muito comedido”, porque quando comprou esse avião, “o mais pequeno (sic) da Airbus, era o mais barato e menor. Mesmo assim o Brizola cunhou de Aerolula”.
O presidente também classificou como “intromissão” o pedido de informação dos Estados Unidos à fabricante sueca Saab pela venda de 36 caças militares do modelo Gripen ao Brasil em 2014. Para o petista, os estadunidenses “na verdade são meio hegemonistas”.
Lula ainda comentou que o ministro da Defesa, José Múcio, “não vai perder um centímetro de importância” no governo por causa de declarações envolvendo a compra de produtos militares de Israel.
– Sou muito amigo do José Múcio. Esquece o fato de ele ser ministro. Mas é uma pessoa com quem tenho uma amizade profunda. Ele me ligou apavorado, disse que falou algo que não devia ter falado. Eu disse que ele não se preocupe. O que a gente falou já está falado. Esqueça e toca o barco para frente – afirmou.
*AE
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