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BRASILEIRA SOFRE COM DOENÇA QUE TRANSFORMA MÚSCULOS EM OSSOS

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Atualmente com 40 anos, a gaúcha Janaína Kuhn notou os primeiros sinais de que havia algo de errado com seu corpo aos quatro anos de idade. À época, um osso começou a crescer em sua lombar, levando-a a perder alguns movimentos. Foi uma longa jornada até o diagnóstico da doença rara que a acometia, a chamada Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP), condição que transforma o interior dos músculos em ossos.

Tudo começou quando Janaína brincava com os irmãos, tentando subir no muro de casa. Na ocasião, ela sofreu uma queda, e seus pais observaram, dias depois, o aparecimento de um nódulo em sua lombar, justamente no local da lesão. Posteriormente, a menina começou a apresentar dificuldades de locomoção, ficando impossibilitada de girar o pescoço.

A partir daí começou a busca da família por respostas envolvendo a questão. Janaína passou por diversos médicos e exames, mas nenhum profissional da saúde sabia dizer o que ela tinha. De acordo com a paciente, um dos médicos chegou a dizer que sua “mãe estava querendo ver coisa errada”.

Apesar da condição e da falta de diagnóstico, Janaína relata ter conseguido manter uma infância e uma adolescência normal, estudando, correndo, participando de jogos de vôlei e andando de bicicleta, por exemplo. A partir dos 18 anos, porém, as dores se intensificaram e ela perdeu a habilidade de abrir os braços.

– Eu sentia muita dor e passei a procurar médicos para tentar entender o que estava acontecendo comigo. Porém, os exames de sangue davam normais e não tínhamos respostas – descreveu ela em relato à BBC News.

A entrevistada relata que, em meio às consultas para saber o que estava ocorrendo, ela foi diagnosticada com tumor no quadril, aos 19 anos. Ao retirar parte do tumor para uma biópsia, porém, os médicos constataram que não tratava-se de câncer. A cirurgia fez com que o quadril da paciente também enrijecesse, piorando sua dificuldade de locomoção, e impedindo que sua perna direita voltasse a dobrar.

DIAGNÓSTICO
A resposta só veio três anos depois, quando a paciente foi atendida por uma fisioterapeuta, que citou a possibilidade de ser uma doença genética rara que atinge cerca de uma a cada um milhão de pessoas no planeta, a Fibrodisplasia Ossificante Progressiva.

– Eu nunca tinha ouvido falar sobre a doença e passei a pesquisar na internet sobre ela. Vi que várias características eram semelhantes. Mais uma vez um buraco se abriu à minha frente – descreveu.

Janaína conseguiu atendimento com uma médica especialista na doença em São Paulo, onde recebeu a confirmação do que tinha. Desde então, ela se aposentou por invalidez e mora com a mãe em um sítio, onde é auxiliada nas tarefas diárias. A mulher afirma tomar muito cuidado para evitar machucar-se e gerar novos ossos em outros lugares do corpo.

– É como se eu vivesse presa no meu corpo – explicou.

Em meio à essa experiência, ela buscou ressignificar sua luta contra a doença e tornou-se presidente da Associação Brasileira de Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP Brasil), além de integrante do Comitê Internacional de Presidentes (IPC) do International Fibrodysplasia Ossificans Progressiva Association (IFOPA).

ENTENDA COMO FUNCIONA A DOENÇA
A FOP surge a partir de uma alteração no gene ALK2/ACVR1. Isso faz com que qualquer tipo de lesão, até mesmo um machucado ou uma injeção calcifique a área afetada, transformando os músculos, tendões e articulações em ossos. A doença não possui cura, e tudo o que a medicina pode oferecer até o momento é aliviar as dores e inflamações.

Especialistas alertam que 98% dos bebês com FOP nascem com o dedão do pé menor que os demais, virado para dentro. O sinal pode ajudar a identificar a presença da doença de maneira precoce.

– Temos casos em que a mandíbula do paciente se calcificou com dois milímetros de abertura dificultando a alimentação e a fala. Nesses casos, os pacientes passam a se alimentar através de sonda. É uma doença extremamente incapacitante e deixa muitos pacientes acamados – explicou o reumatologista do Hospital das Clínicas da USP, Diogo Domiciano.

No Congresso, tramita um Projeto de Lei (5.090/20) que visa estabelecer a obrigatoriedade de exames clínicos para identificar a doença em recém-nascidos com a má formação nos pés. Isso porque, quanto mais cedo o diagnóstico é feito, maiores são as chances de manter a qualidade de vida do paciente.

Para mais informações, acesse o site da Associação Internacional de FOP (www.ifopa.org/).

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Educação

CADASTRO PARA O PROGRAMA PASSE LIVRE ESTUDANTIL ENCERRA DIA 25 DE ABRIL

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O Passe Livre é um programa de esfera estadual que visa auxiliar no acesso ao transporte intermunicipal, com finalidade educacional. São aceitas inscrições de estudantes de qualquer curso reconhecido pelo MEC (nível fundamental, médio, técnico, EJA, pré-vestibular, superior). Que são de Constantina e frequentam instituição de ensino em outra cidade.

Os estudantes interessados em fazer o cadastro, devem entrar em contato o quanto antes, com o Coordenador do Programa no Município, Patrick Savaris, para buscar informações referentes a documentação necessária. Pois o prazo para esse semestre encerra no dia 25 de abril.

O contato pode ser feito pelo Whats (54) 99614 6978 ou na Prefeitura, junto a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo e Desporto – SMECTD.

PRÉ-REQUISITOS PARA RECEBER O BENEFÍCIO:

• Residir em Constantina e frequentar instituição de ensino em outra cidade;

• Comprovar matrícula em instituição de ensino no primeiro semestre de 2025;

• Comprovar renda per capita de até 1,5 salário mínimo regional, (renda per capita da família não pode ultrapassar R$ 2.484,78.) Está dispensada a apresentação do comprovante de renda os estudantes que:

A) Comprovarem ser beneficiários (100%) cem por cento do Programa Universidade para Todos – PROUNI;

B) Comprovarem matricula nas Universidades Federais e que possuam condição de carentes, comprovada mediante apresentação do benefício da Pró Reitoria de assistência Estudantil – PRAE;

C) Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE;

D) Ou outros programas públicos assistenciais que identifiquem e caracterizem as famílias de baixa renda.

• Carteira de identificação estudantil AERGS 2025;

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O CADASTRO:

• Ficha cadastral;

• Declaração do grupo familiar (autenticada em cartório ou com assinatura eletrônica) para os estudantes que precisam comprovar renda per capita.

• Comprovante de renda de todos os familiares referente aos últimos 03 meses, de acordo com a atividade exercida, ou declaração autenticada em cartório ou com assinatura eletrônica de que não possui renda (maiores de 16 anos).

• Está dispensada a apresentação do comprovante de renda os estudantes que:

A) Comprovarem ser beneficiários (100%) cem por cento do Programa Universidade para Todos – PROUNI;

B) Comprovarem matricula nas Universidades Federais e que possuam condição de carentes, comprovada mediante apresentação do benefício da Pró Reitoria de assistência Estudantil – PRAE;

C) Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE;

D) Ou outros programas públicos assistenciais que identifiquem e caracterizem as famílias de baixa renda.

• Cópia de documento de identificação oficial do(a) estudante e do grupo familiar;

• Carteirinha de estudante 2025 (AERGS); https://nova-carteira.aergs.com.br/-passe-livre

• Atestado de matrícula 2025/1 que comprove os dias de aula do(a) aluno(a) beneficiado(a), bem como previsão do recesso letivo (início e termino do semestre), expedido pela instituição de ensino;

• Atestado do Prouni 2025/1, para os estudantes que são bolsistas 100%;

• Para renovação do cadastro: Atestado de frequência do semestre anterior (2024/2).

• Comprovante de residência;

• Uma foto digital 3×4 (pode ser com o celular) para anexar no sistema.

Informações no Whats (54) 99614 6978 com Patrick Savaris, ou na Prefeitura, junto a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo e Desporto – SMECTD.

Acesse o link e imprima as fichas :

https://constantina.rs.gov.br/cadastro-para-o…/…

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Educação

ATENÇÃO ESTUDANTES DE CONSTANTINA!

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Atenção estudantes de Constantina, inscrições para o Programa Passe Livre Estudantil 2025 (1º Semestre) encerram no dia 25 de abril.

O Passe Livre é um programa de esfera estadual, que visa auxiliar no acesso ao transporte intermunicipal, com finalidade educacional.

São aceitas inscrições de estudantes de nível fundamental, médio, técnico, EJA, pré-vestibular e superior. Que são de Constantina e frequentam instituição de ensino em outra cidade.

Informações no Whats (54) 99614 6978 com Patrick Savaris ou na Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Turismo e Desporto – SMECTD.

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MENINO DE 12 ANOS CHORA E PEDE AJUDA APÓS STF NEGAR REMÉDIO

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É com lágrimas nos olhos e com um apelo desesperado que o menino Felipe, de apenas 12 anos, aparece em um vídeo que tem mobilizado as redes sociais em prol da melhora de seu quadro de saúde. No choro, um desabafo: “Eu tô sempre sendo furado, está muito difícil”. A razão do relato é a dura batalha que Felipe enfrenta contra uma doença raríssima chamada Síndrome Hemolítico-Urêmica Atípica (SHUa).

Para enfrentar a doença, o menino e sua família tiveram de se mudar de Ipueiras (PI) para Niterói (RJ) e, há um ano e seis meses, Felipe precisa encarar uma dura e dolorosa rotina de hemodiálise no Rio de Janeiro. Entre os problemas causados pela SHUa estão a falência dos rins, o que impede o menino de urinar. O problema, inclusive, pode causar a morte em pouco tempo.

Mesmo diante desse quadro complexo, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou, em setembro do ano passado, que fosse concedido ao menino o medicamento Ravulizumabe, cujo preço de cada ampola é de cerca de R$ 35 mil. O fármaco em questão, que é indicado para tratamento da SHUa, pode fazer com que Felipe tenha um futuro mais saudável e que possa sonhar com um transplante renal.

Segundo a família, quando Felipe foi diagnosticado com a síndrome, ele foi retirado da fila de transplante e, só após o uso do medicamento, é que poderá voltar a ficar na lista para receber um novo órgão. Com a negativa do remédio, ele precisa enfrentar sessões de hemodiálise três vezes por semana para seguir vivo. Além da batalha contra a falência renal, ele tem sofrido com condições neurológicas, como convulsões.

Para tentar arrecadar recursos que possam custear o tratamento do menino e a aquisição do remédio Ravulizumabe, a família de Felipe criou uma vaquinha virtual para tentar alcançar uma meta de R$ 3 milhões. Até a manhã desta quarta-feira (16), a arrecadação já tinha chegado a R$ 1,4 milhão, com 59,5 mil doadores.

Aos interessados em ajudar a família de Felipe, a chave Pix disponibilizada na vaquinha virtual é: felipe@ajud.ar. As doações também podem ser feitas pelo site: https://ajud.ar/paulofelipe.

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